Muito além de jogos: Minecraft amplia experiências educacionais

Muito além de jogos: Minecraft amplia experiências educacionais

Popular entre crianças de 5 a 12 anos, o Minecraft é um dos jogos mais vendidos até o momento, sendo um mundo aberto lançado originalmente em 2011 para Microsoft Windows, Mac OS X e Linux. O jogo foi portado para uma ampla variedade de plataformas, vendendo mais de 238 milhões de cópias em todo o mundo, incluindo downloads pagos para celular.

Em dezembro do ano passado, o YouTube anunciou que o Minecraft atingiu um trilhão de visualizações em sua plataforma de transmissão de vídeos. Segundo a plataforma, hoje já existem mais de 35 mil canais ativos de criação de conteúdo com vídeos de Minecraft. Estes canais estão espalhados em 150 países. Além disso, há uma base enorme de jogadores, totalizando 140 milhões entre as plataformas PC, mobile e console.

Apesar de todo esse crescimento desde seu lançamento, à primeira vista, muitos pais não observam os videogames como elementos educativos, mas o papel dos jogos na indústria da educação mudou drasticamente, especialmente no caso do Minecraft, pois é possível aprender jogando com o uso da codificação.

Segundo a CEO da SuperGeeks, Cássia Ban, a rede ensina ciência da computação e robótica para crianças e adolescentes e traz como base de ensino a Programação e Criação de Mods no Minecraft, que faz parte da grade de Cursos Regulares anuais da escola, sendo ela uma das ferramentas mais famosas, por ser popular com os alunos mais novos e de fácil aprendizagem.

“Aproveitamos esse engajamento natural das turmas para apresentá-los a parte de programação do Minecraft, que pode ser feita tanto em Lua (sendo uma linguagem de programação escrita, desenvolvida por brasileiros e muito utilizada no mercado de jogos online, inclusive pelo Roblox), e também a programação via Blockly (sendo blocos semelhantes ao quebra-cabeça, cujas cores indicam a funcionalidade dos comandos e ajudam os alunos a assimilar a lógica)”.

O Minecraft é um ambiente virtual que disponibiliza inúmeras ferramentas de criação, o aluno aprende a dar vida a elas por meio da programação e expande muito os seus horizontes como desenvolvedor, então até mesmo a criação de um complexo circuito de computador se torna possível no Minecraft. Ao longo do curso, o aluno não aprende apenas a programar, ele também é incentivado a ter uma consciência maior sobre a suas criações e a tentar implementar mecanismos da realidade, como a criação de túneis, estradas, escolas, sistemas de trânsito, comportas, hidrelétricas.

“As habilidades desenvolvidas não se resumem apenas a lógica de programação: como eles aprendem a criar turtles (robôs em forma de tartaruga) que automatizam tarefas — como a construção de casas, túneis e cidades —, eles acabam expandindo muito a sua criatividade como desenvolvedores e também os incentivamos a criar ambientes semelhantes à realidade, aprofundando seus conhecimentos gerais sobre a sociedade, sustentabilidade e civilidade”.

Para a Cássia, o maior desafio hoje é mostrar para as pessoas como aprender ciência da computação desde cedo é decisivo e importante para a formação dos profissionais no futuro, bem como ao desenvolvimento do país. “O Brasil só se tornará um país de primeiro mundo se começarmos pela base, sendo nossas crianças e adolescentes. Precisamos transformá-los em criadores de tecnologia e não apenas consumidores. Em vez de deixá-los jogando videogame o tempo todo, devemos incentivá-los a criar os próprios jogos”.

Ban finaliza informando que o Minecraft serve como uma porta de entrada para essa metodologia de ensino, mas que é sempre bom lembrar que as tecnologias, como um todo, são potencializadoras e quanto mais familiarizadas as pessoas se tornam, maior a possibilidade de que elas não só se adaptem às mudanças de um mundo cada vez mais digital, como também se tornem protagonistas dessas mudanças.

A SuperGeeks foi criada no Vale do Silício (EUA), quando seus fundadores Marco Giroto e Vanessa Ban, perceberam que escolas, empresas e políticos americanos estavam se mobilizando para ensinar Ciência da Computação para crianças e adolescentes. A rede possui uma metodologia exclusiva e apoio pedagógico adequado para que o ensino seja aproveitado ao máximo.

Operando no sistema de franquias, a SuperGeeks conta com mais de 50 unidades espalhadas por todo país e pretende finalizar 2022 com 25 novas franquias comercializadas e aumentar o faturamento em 50%. O Investimento inicial é a partir de R$ 9 mil, com faturamento médio mensal (estimado) a partir de R$ 20 mil.

 

Sobre a SuperGeeks

Fundada em 2014, a SuperGeeks é a primeira e maior escola de Programação e Robótica para crianças e adolescentes do Brasil. Seu objetivo é ensinar ciência da computação de maneira divertida e criativa para crianças, estimulando a formação de programadores e de uma geração de criadores de tecnologia e não apenas consumidores. Com mais de 4 mil alunos, a SuperGeeks leciona para crianças entre 05 a 18 anos, a ciência da computação, e acredita que a programação é essencial para o processo de aprendizagem.

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