Especialista orienta população sobre o que fazer ao encontrar animais silvestres

Já imaginou se deparar com um lobo-guará ou qualquer outro animal silvestre durante passeio por uma trilha ou estrada da região? E se ele estiver ferido? O que fazer? Como proceder?

“Sempre que alguém encontrar algum animal ferido, vivo ou morto, deve ligar para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Ambiental. O importante é nunca tentar capturar o animal nem dar água ou alimentos a eles”, explica o biólogo, professor, cientista e graduando em medicina veterinária, Gustavo Henrique Lima Pinto, responsável pelo Laboratório de Ciências Morfológicas Veterinárias da Anhanguera de São José dos Campos.

O laboratório é o único da região do Vale do Paraíba a receber animais silvestres para estudos, devido à parceria firmada entre a instituição e o Instituto Profauna, desde outubro de 2020. Com isso, os alunos da unidade têm a possibilidade de fazer o uso didático/científico com estudos e análise de animais silvestres. Gustavo ressalta que devido à parceria com a Profauna todos os animais levados à unidade são legalizados com documentação liberada pela Polícia Ambiental.

A professora doutora Janaína Duarte, que é coordenadora e patologista do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera, diz que o contato dos alunos com animais silvestres vivos é mais difícil, por isso esse contato (seja de aves ou de animais da mata atlântica) tem de ocorrer quando – infelizmente – já estão mortos. “Muitas vezes os alunos fazem necropsias, que contribuem muito para o conhecimento prático deles”, diz.

Por isso, ao encontrar um animal silvestre morto é necessário acionar a Polícia Ambiental. Já se a pessoa deseja doar um animal doméstico que morreu para estudos na unidade, como cães, gatos e/ou cavalos entre outros, é preciso ir à instituição e preencher uma documentação para atestar que era dono e as causas da morte.

Atualmente, cerca de 15 animais silvestres estão na faculdade para serem analisados e estudados. Entre as espécies disponíveis para estudos no segundo semestre estão jaguatirica, teiú, anta, irará, tamanduá-mirim e lobo-guará.

Gustavo diz que na maioria das vezes os animais passam por taxidermia (técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais) para educação ambiental e medicina de animais silvestres. Os alunos também colhem materiais biológicos, como parasitologia e hematológico, para análise e publicação de artigos científicos.

 

Serviço

Faculdade Anhanguera – (12) 3512-1300

Polícia Ambiental – (12) 3911-1900

Instituto Profauna – ​(11) 4305-0709