Mercado de trabalho influencia escolha do curso superior
24 de maio é conhecido como o dia do vestibulando. A data celebra o estudante que está próximo a se tornar universitário, mas, também, propõe uma reflexão sobre quais habilidades devem ser desenvolvidas para estruturar a carreira que está prestes a começar. Atualmente, o Brasil possui mais de 6 milhões de alunos matriculados em algum curso superior.
Segundo dados do Ministério da Educação, 64% dos estudantes brasileiros concentram seu interesse em cerca de 18 cursos, sendo que os 10 mais concorridos, de acordo com a pesquisa da pasta, são, em ordem: Direito; Administração; Engenharia Civil; Enfermagem; Pedagogia; Psicologia; Contabilidade; Fisioterapia; Medicina e Arquitetura e Urbanismo.
As carreiras mais buscadas, de acordo com a diretora da Anhanguera de São José dos Campos, Daniela Baroni, são as mesmas há mais de dez anos: “os cursos mais procurados, geralmente, são: Saúde, Administração, Direito e Engenharias. Periodicamente, pode ter alteração entre um ou outro, mas essas graduações costumam ter grande procura” – explica a professora.
A demanda do mercado também impacta na escolha da graduação, de acordo com a diretora da Anhanguera: “o vestibulando possui mais de 280 opções de cursos para escolher no Brasil, mas a grande maioria se concentra em alguns títulos. A estatística se justifica pela necessidade profissional. Essas carreiras são mais buscadas, pois oferecem mais oportunidades de emprego e destaque na atuação, por isso acabam se tornando o sonho de muitos candidatos” – conclui Daniela Baroni.
Do tradicional à tecnologia
As carreiras ligadas à tecnologia estão despertando mais interesse dos alunos, nos últimos anos. A indústria 4.0 e evolução tecnológica justificam a ascensão. “A indústria 4.0, por meio da Inteligência Artificial, provocou uma disrupção na cadeia de valores, que extrapolou o mundo fabril. Muitas carreiras são e serão afetadas, os programas digitais vão mudar a maneira de quase todos trabalharem e essa evolução desperta o interesse dos vestibulandos“ – explica a diretora da Anhanguera.
Para a especialista, as mudanças no mercado também vão gerar transformações nas habilidades dos estudantes: “dada a velocidade da evolução digital, os futuros graduados terão de saber aprender e desaprender. A informação está plenamente disponível a todos, mas as exigências estão mais amplas e saber aprender uma nova ferramenta ou desenvolver uma nova habilidade será o diferencial” – segundo a professora.
“Independentemente do curso, o vestibulando precisa estar aberto ao desenvolvimento de competências necessárias para o novo mercado, até para as carreiras que estão ampla evidência. O aprendizado constante é uma exigência do mercado e quem souber aproveitar o período da faculdade para se desenvolver, se destacará” – finaliza Daniela Baroni, diretora da Anhanguera de São José dos Campos.