Psicóloga de SJC explica o que é coronofobia e como tratá-la

Psicóloga de SJC explica o que é coronofobia e como tratá-la

A pandemia já dura mais de um ano, com milhares de mortes e inúmeras pessoas com sequelas devido à Covid-19. O cenário de incertezas sobre a doença causa medo e, por vezes, ansiedade em excesso, que é denominado pelos estudiosos de coronafobia ou coronofobia. O termo surgiu após estudos com 500 pessoas, em que os casos de ansiedade e depressão estavam relacionados à Covid-19, nos Estados Unidos.

Apesar das recomendações em seguir corretamente as maneiras preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prevenção contra a Covid-19, há quem sinta medo e preocupação em excesso de se infectar, o que pode gerar impactos negativos à saúde mental.

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Anhanguera, Cláudia Freitas, os medos mais comuns são o da morte e o de ser hospitalizado com a forma mais grave da doença, que pode deixar sequelas.

Ela explica que o problema pode aparecer em pessoas sem transtornos psíquicos, mas tende a surgir com mais intensidade em quem já tem algum tipo de ansiedade, seja generalizada ou específica como a síndrome do pânico e transtornos obsessivos, entre outras, porque essas pessoas estão mais suscetíveis a pensamentos negativos e sofrimentos psíquicos.

Os acometidos por coronafobia tendem a ter problemas relacionados ao sono, dificuldades de respirar, coração acelerado e palpitações. Por isso, é importante acompanhamento psicológico e, por vezes, psiquiátrico, conforme a orientação profissional. A especialista dá algumas dicas para evitar gatilhos e aumento da ansiedade:

– Avalie se consegue controlar a ansiedade, medo ou preocupação.

– Observe seus comportamentos (ou peça a alguém de sua convivência) para identificar se há excesso na procura por atendimentos médicos, de tocar superfícies ou de lavar as mãos e passar álcool gel o tempo todo (sem ter motivo para essa intervenção) e busca incessante por informações negativas da doença. Caso haja excesso é hora de procurar ajuda profissional.

– Faça exercícios físicos, mantenha alimentação saudável e conexão com as pessoas que ama (pode ser por telefone ou videochamada)

– Tente manter a calma, a paz e a esperança, ao cultivar esses sentimentos é possível evitar alguns gatilhos emocionais.