A “Pandemia” das Fusões e Aquisições
Fusões e Aquisições crescem em todo mundo, inclusive no Brasil. Em plena pandemia, estas operações em 2020 atingiram 28,5 mil transações e um volume de negócios de US$2,8 trilhões. No Brasil, foi registrado um recorde: foram concretizadas 1.038 transações, um volume 48% superior à média do mesmo período nos últimos cinco anos, com aumento de 14% em relação a 2019, e seguem a todo vapor neste ano. Os reflexos podem ser vistos em vários setores, entre eles, no mercado acionário.
O investidor só tem a ganhar com as estratégias das companhias. A crise provocada pelo coronavírus ofereceu dois lados da mesma moeda quando o assunto é M&A (mergers and acquisitions, sigla em inglês para fusões e aquisições). Se por um lado as empresas afetadas se unem para sobreviverem as dificuldades por outro as mais fortes, que ganharam com a crise, se unem para acelerar o crescimento e focar na oportunidade.
As últimas fusões que movimentaram o mercado foram: Localiza com a Unidas (mobilidade); Hapvida e Grupo Notredame (saúde); Hering e Grupo Soma (varejo); Carrefour e Big (hipermercados) e Lojas Americanas com a Uni.co (varejo). A tendência é que outras grandes fusões e aquisições ocorram em empresas de capital aberto.
“Boa parte destas empresas estão listadas na Bovespa ficam mais atrativas no momento que se unem. O importante é ficar atento quais apresentam potencial de crescimento a longo prazo. Para isso, o investidor poderá contar com o assessor de investimentos que está atento a todos os movimentos na Bolsa”, pontuou Bruna Moura, economista e assessora de investimentos da Plátano Investimentos – XP, do escritório de São Paulo.
As Fusões e Aquisições permitem que as empresas avancem tecnologicamente, diversifiquem produtos e serviços, tonando – se mais competitivas, além de conquistar novas áreas geográficas para atuação.
“O mercado é aquecido por essas movimentações que geram valor para as instituições e para os acionistas. Setores como o de tecnologia e varejo, que se beneficiaram durante a pandemia, viram a oportunidade de expandir suas estratégias e continuar a crescer e consequentemente gerando empregos”, exemplificou a economista da Plátano.
Consolidação na Retomada
As aquisições se tornaram necessárias para sobreviver em mercados em fase de consolidação nesta retomada da economia. Além disso, é o caminho mais ágil e menos custoso para dar escala às operações. Em alguns setores como varejo, saúde e financeiro é evidente a corrida pelos M&As, há capital disponível e as empresas estão captando ainda mais para crescimento. É um efeito cadeia em busca de liquidez e posicionamento de mercado.
O mercado financeiro é beneficiado com as negociações que envolvem ações, por isso estar na Bolsa é uma vantagem. A liquidez no mercado tem criado um ambiente oportuno para captações, o que tem feito investidores obterem maior poder de barganha. A tendência é um aumento de emissões de ações por companhias brasileiras. No acumulado de 2021 as ofertas iniciais (IPOs) já somam R$65 bilhões. A expectativa é de que as uniões de grandes negócios se intensifiquem e aumentem ainda mais esse volume, chegando a R$200 bilhões até dezembro de 2021.
Fonte: Plátano Investimentos: Av. Cassiano Ricardo, 319, sala 2106. Ed. Pátio das Américas. Jardim Aquarius. (12) 3322-8919.