Investimento no exterior: pequenos investidores têm acesso aos BDRs

Investimento no exterior: pequenos investidores têm acesso aos BDRs

Um mercado que estava disponível somente para investidores qualificados, com investimentos acima de R$ 1 milhão, agora recebe pequenos investidores brasileiros. Com a mudança na regra dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) ou CDVM (Certificado de Depósito de Valores Mobiliários), qualquer investidor pode ter acesso aos ativos disponíveis na bolsa de valores brasileira. O BDRs são títulos que representam ações de empresas internacionais como Facebook, Google, Apple, entre outras.

Para os investidores que já possuem experiência na renda variável, esse investimento pode ser uma alternativa para a diversificação na carteira. Como a aplicação estará exposta aos ativos internacionais, é uma forma mais simples de investir em grandes empresas, como no setor de tecnologia por exemplo, e ter uma performance diferenciada do mercado nacional.

É possível encontrar dois grupos de BDRs, os patrocinados e os não patrocinados. Nos patrocinados, as empresas como Apple, Amazon, contratam instituições depositárias no Brasil para emitir os BDRs. Já os não patrocinados, que são a maioria nesse investimento, são as instituições depositárias (B3 ou Banco Comercial) que emitem os certificados de ações estrangeiras sem precisar ter um acordo com a empresa emissora.

Para o assessor de investimentos, Breno Andrade, da Monte Bravo – escritório de Assessoria Financeira credenciado à XP Investimentos – os investimentos em BDRs possuem algumas vantagens. O investidor não precisa abrir uma conta em uma corretora americana, já que os ativos são negociados aqui no Brasil e as operações são feitas em reais.

“Para o investidor brasileiro será mais fácil adquirir produtos de grandes empresas no exterior, sem se preocupar com taxas e transferências para bancos internacionais. Porém, antes de aplicar nesse ativo é necessário conhecer os riscos, a empresa e verificar se está de acordo com o seu portfólio de investimentos. Como essa aplicação está no mercado de renda variável, não é possível prever quando haverá ganhos ou perdas”, afirma Breno.

Os custos e a tributação nesse investimento são iguais aos das ações brasileiras, por isso o investidor precisa estar atento a taxa de corretagem e a taxa de custódia, dependendo da corretora. É importante lembrar que, nesse investimento não há isenção de Imposto de Renda até R$ 20 mil, sendo necessário o investidor calcular o valor com base no lucro das vendas e fazer o pagamento via DARF.

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