Setor Imobiliário Mostra Resiliência em Plena Pandemia e Atrai Investidores

Setor Imobiliário Mostra Resiliência em Plena Pandemia e Atrai Investidores

A pandemia mudou o hábito de morar, as preferências dos consumidores foram alteradas e seus ideais de comodidade foram modificados. Segundo o Secovi, as pessoas procuram por imóveis acima de 120 m², com varanda gourmet, com outros itens de lazer e aumentou a busca por casas, no lugar de apartamentos.

O mercado imobiliário se reinventou no momento da pandemia e uma das estratégias adotadas foi a venda de apartamentos com a possibilidade de visitação do imóvel de forma online, para assim respeitar as orientações de isolamento social da OMS. Muitas construtoras de São José dos Campos têm adotado esse método para manterem os níveis de receita pré-covid.

Pelo lado econômico, se antes da covid – 19 o mercado imobiliário estava em ascensão, agora volta a dar sinais de aquecimento, tanto para móveis de alto padrão quanto para projetos populares, como o recente anunciado pelo governo Casa Verde e Amarela.

Essas mudanças aceleram o processo da compra de imóveis e as construtoras se destacam no mercado de ações. Quem explica este processo é o assessor de investimentos e economista da Plátano Investimentos – XP Investimentos de São José dos Campos, Gustavo Neves.

“O investidor estrangeiro ingressou no mercado brasileiro trazendo quase 17 bilhões de reais em julho. As aplicações do capital estrangeiro no mercado de ações podem ser via Follow-On, que é emissão subsequente de ações, ou pelo chamado IPO, que é a oferta inicial de ações. Entre as diversas empresas escolhidas para o aporte de capital entrante na Bolsa de Valores, destacaram-se no primeiro semestre as empresas do setor de construções, entre elas: Mitre, Moura Dubeux e JHSF Participações, que juntas arrecadaram cerca de 2,5 bilhões de reais, quantia essa usada para aumento de capital e diversos investimentos das companhias”, disse Neves.

Mesmo após os impactos trazidos pela pandemia, os fundamentos centrais do mercado imobiliário foram pouco alterados, uma vez que a taxa de juros e o índice de inflação no setor permanecem em níveis controlados. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para correção de valores de contratos, como os de aluguéis, ficou em 2,23% no mês de julho, segundo os dados da Fundação Getúlio Vargas.

“Muitas empresas do setor imobiliário que já possuem ações negociadas na Bolsa de Valores tiveram resultados acima das expectativas antes da pandemia, conforme foram apresentados os balanços do segundo trimestre, transformando as projeções futuras em ótimos materiais para teses de investimentos de longo prazo”, explicou o economista da Plátano.

 

Fundos Imobiliários

Um dos ativos de investimentos mais requisitados no momento são os Fundos Imobiliários. Trata-se de uma forma de investimento onde gestores experientes e credenciados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, fazem captação de recursos no mercado para investir em imóveis, como galpões logísticos, prédios comerciais, shoppings centers e hospitais, dentre outros ativos imobiliários.

Os cotistas desses fundos imobiliários receberão dividendos, isentos de Imposto de Renda, de maneira proporcional as suas quantidades de cotas adquiridas.

Por conta das inúmeras vantagens de ser cotista de um fundo imobiliário, entre elas, a capacidade de negociação diária, semelhante a compra e venda de ações, e isenção tributária para dividendos, muitos estão vendendo seus imóveis físicos e migrando para essa modalidade de investimento.

Entre os segmentos de Fundos Imobiliários existentes, os de títulos, têm obtido bons retornos desde 2019, uma vez que sua rentabilidade quando comparada a taxa Selic é significativamente maior.

“O investidor, por meio da assessoria de investimentos, tem acesso a relatórios dos Fundos Imobiliários e também de considerações de especialistas das casas de análises independentes. Com isso é possível obter informações que o auxiliam na tomada de decisão de onde aplicar melhor o dinheiro e de saber também, por exemplo, a relação entre risco e retorno do ativo, tempo de experiência do gestor responsável pelo Fundo Imobiliário, características do inquilino, entre outras informações do imóvel” detalhou Gustavo Neves.

As perspectivas no mercado acionário para este setor são positivas. A próxima empresa do setor de construções a abrir capital na Bolsa Brasileira (B3) é a Lavvi, da qual a Cyrela é uma acionista, sinalizando que o setor ainda promete muito, principalmente agora, que o mercado de crédito brasileiro está aquecido. A Bolsa de Nova York (Nyse) possui mais de 2700 empresas de imóveis listadas, enquanto a B3 tem cerca de 300, isso demonstra que o nosso mercado ainda tem muito para crescer, e é uma ótima opção para investidores de longo prazo.

 

Fonte: Plátano Investimentos: Av. Cassiano Ricardo, 319, sala 2106. Ed. Pátio das Américas. Jardim Aquarius. (12)3322-8916.

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