Com apoio da EDP, projeto que integra professores, alunos e sociedade aumenta em 500% a produção de equipamentos de proteção
A pandemia do coronavírus segue exigindo bastante da rede de saúde, que precisa ser abastecida por equipamentos de proteção individual. Para auxiliar nessa tarefa, professores e alunos da EEL/USP (Escola de Engenharia de Lorena), Unifatea (Centro Universitário Teresa D’Ávila), e Faculdade Serra Dourada, vêm desenvolvendo equipamentos de proteção, como por exemplo máscaras para os agentes de saúde em impressoras 3D, máquinas de corte a laser, e artesanais. A boa ação recebeu um estímulo graças a doação da EDP, distribuidora de energia elétrica, por meio do Instituto EDP, que permitirá o crescimento de 500% na produção, passando de 2.000 para 10.000 máscaras.
Chamada de Smart Society Living Lab, a iniciativa foi uma das escolhidas no edital EDP Solidária – Covid-19, idealizado pelo Instituto EDP, que doou cerca de R$ 2,5 milhões a projetos de enfrentamento à pandemia. O recurso doado pela EDP ao Smart Society (R$ 50.000,00) será investido na compra de novas impressoras 3D, máquina de corte a laser, máquina de costura, dentre outros insumos, contribuindo para o aumento da produção de protetores faciais, máscaras de tecido, e outros acessórios que estão sendo aprimorados em pesquisa de professores e alunos. Os itens serão doados para hospitais e unidades de saúde de Lorena e cidades próximas, como a Santa Casa de Lorena, o Hospital de Roseira, além de outras organizações públicas da região.
O projeto, iniciado na universidade, recebe a colaboração de alunos, professores e funcionários de cada instituição, todos voluntários. A matéria prima e os equipamentos para produção dos primeiros produtos vieram das faculdades que iriam utilizar nas aulas, mas com a paralização do ensino foram disponibilizadas para a confecção. Houve também doações da sociedade que se mobilizou a ajudar. Atualmente o Smart Society Living Lab recebe doações de outras entidades para adquirir o material para produção, e pretende continuar com o apoio de todos para posteriormente buscar novas demandas da sociedade que precisem de apoio.
“Sabemos das necessidades pela qual passa a rede de saúde em nosso país. Por isso, no edital EDP Solidária priorizamos iniciativas que atuassem nessa área. Esse projeto é de fundamental importância por contribuir com o abastecimento das unidades com equipamentos de proteção nas regiões de atuação da EDP. Ficamos felizes por cooperar e permitir o aumento significativo na produção e por colaborar com o desenvolvimento de novas competências de alunos e educadores”, destaca Paulo Ramicelli, assessor da diretoria do Instituto EDP.
“Trabalhar com os alunos nesta ação supera qualquer aprendizagem de sala de aula. Com o projeto, atingimos problemas reais, discussões práticas, em interação com a sociedade. Esse tipo de aprendizagem é capaz de desenvolver competências e habilidades que formam o bom profissional. O apoio da EDP é fundamental, pois com ele podemos adquirir equipamentos que antes eram por nós desejados, mas não tínhamos recursos suficientes. Com estes, além de aumentarmos nossa produtividade, também estarão à disposição em novas pesquisas e novas ações de apoio”, destaca Eduardo Ferro dos Santos, Professor da USP e idealizador do Projeto
EDP Solidária
O edital EDP Solidária doou cerca de R$ 2,5 milhões a projetos de enfrentamento da pandemia em comunidades carentes e indígenas, favorecendo 40 mil pessoas. os projetos foram beneficiados por meio da oferta de cestas básicas, vales-alimentação e kits de higiene, e do incentivo de iniciativas de empreendedorismo social e de saúde, no combate à Covid-19.
Em pouco mais de dez dias, o edital recebeu mais de 600 candidaturas de todos os Estados brasileiros. O processo seletivo, que conta com auditoria da EY, teve a participação de um comitê externo formado pelos médicos Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da USP; Álvaro Costa, infectologista do Hospital das Clínicas da USP e membro da unidade de pesquisa do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids; e Wanderley Resende, ortopedista e consultor em Gestão da Saúde; além de Marcelo Nakagawa, professor de Inovação e Empreendedorismo no Insper.